A história escrita do Tibete começa no
século 7, quando o exercito tibetano era considerado um flagelo aos seus
vizinhos. Os tibetanos ocuparam o Nepal e exigiam tributos de partes da região
de Yunnan. Em seguida se moveram para o norte e tomaram controle da rota da
seda e da cidade de Kashgar. Confrontados pelas tropas chinesas, da dinastia
Tang, o exercito tibetano respondeu com o saque da cidade imperial, que hoje
seria Xi’an. Em 842 com o assassinato do rei tibetano, a região acabou por se
subdividir em pequenos feudos. Depois disso, nunca mais os tibetanos deixaram
suas terras no alto do platô. Com isto o poder do clero budista cresceu. Depois
do século 9, os monastérios se tornaram politizados e em 1641, os monges do
chapeis amarelos com a ajuda de monges budistas mongóis massacraram seus rivais
dos chapeis vermelhos. O líder dos chapeis amarelos adotou o titulo de Dalai
Lama. Política e religião se tornaram interligados com o Dalai Lama presidindo
ambas as funções. Cada dalai lama era considerado a reencarnação do anterior.
Com a queda da dinastia Qing em 1911, o Tibete
entra em um período de independência da China que durou até 1950, quando a
China invade o país. Isto causou a fuga do Dalai lama e de milhões de pessoas,
além da morte de outros milhares, e a destruição de grande parte dos
monastérios e tradições culturais.
O atual Dalai lama já não pede por um
Tibete independente, mas que pelo menos seja tratada como uma região autônoma.
A grande ameaça hoje as tradições tibetanas é o avanço da migração em massa dos
chineses Han, o que poder tornar os tibetanos minoria em sua própria terra.
Construções já modificaram Lhasa, com o aumento de lojas, avenidas, shopping,
hotéis e uma renovação no parque em frente ao palácio Potala. A abertura da
estrada de ferro, com as viagens agora freqüentes de trens entre Lhasa e o resto
da China tornará as viagens mais fáceis para os migrantes chineses.
Informações gerais
Capital: Lhasa
Moeda: Yuan
Língua: tibetano e chinês
Custos: em torno de 30 dolares/dia (sem
incluir expedições)
Religião: budismo tibetano
Vistos: para o turista entrar no Tibete
é necessário conseguir uma permissão, que pode ser obtida junto a agencias de
turismo em Chengdu ( China), além de se juntar a um grupo de viagem, mesmo que
este grupo signifique ser formado só por 1 pessoa. A política de concessão de
permissões muda de tempos em tempos e é melhor se informar antes de viajar.
Algumas partes do Tibete não são liberadas para estrangeiros e outras podem
também necessitar de permissões,que devem ser requisitadas em Lhasa.
Mulheres Viajantes: o Tibete é um lugar
seguro para mulheres viajarem, mas sempre é bom tomar precauções, como não
andar a noite em ruas escuras e vazias, não ir a lugares ermos sozinha, etc.
Perigos e cuidados: Como em todo lugar,
batedores de carteira vão existir em Lhasa, principalmente em grandes
aglomerações como em Barkhor que têm muitos peregrinos e turistas. O mal da
altitude também pode pegar alguns desprevenidos, causando mal estar, dor de
cabeça, enjôos, etc. Logo que chegar tente se aclimatar, descansando e bebendo
muito líquido.
Quando entrar em templos e monastérios
tire o bonés e chapéus. Não use roupas curtas ou shorts. Não toque nas
bandeiras de oração budistas ou nas pedras sagradas e não tente comprar um dos
lenços brancos já amarrados dentro dos templos, pois foram colocados por
peregrinos. Se quiser vc poderá compra em barracas do lado de fora e geralmente
ele é dado pelos tibetanos como símbolo de sorte e proteção. Cada cor tem um
significado diferente.
Não tire fotos durante sessões de
orações e sempre peça permissão. Muitos monastérios cobram pela permissão de
tirar fotos. Não fume. E se usar um guia, prefira um que seja tibetano, pois
guias chineses sabem pouco sobre a história e tradições locais.
Rota para o Nepal: a estrada de 920 km
que liga Lhasa com Kathmandu é chamada de rodovia da amizade. É uma viagem
sobre altas altitudes passando por passagens e pelo platô tibetano. A opção
mais comum é alugar um jipe e motorista em Lhasa e a viagem leva 5 dias até a
fronteira via Shigatse, campo base do Everest e Tingri. A viagem pode ser feito
em reverso, mas será necessário conseguir todas as permissões em Kathmandu,
além de que será uma subida, o que poderá trazer problemas com o mal da
altitude.
Lhasa: palácio Potala, antiga residência
do Dalai Lama, circuito de peregrinação Barkhor e o templo Jokhang. Perto de
Lhasa em viagens de 1 dia, se pode visitar os monastérios de Sera, Drepung e
Ganden. Agencia em Lhasa oferecem tours de 1 a 2 dias para o Lago Nam-tso.
Vale de Yarlung: é considerado terra do
nascimento da cultura tibetana. A 30km da cidade de Tsetang está o monastério
de Samye e a 12km o primeira construção tibetana em Yumbulagang.
Lago Yamdrok-tso: no caminho entre Lhasa
e Gyantse está este lago a 4488 m de altitude, com águas claras e cor turquesa.
Gyantse: cidade com menor influencia
chinesa no Tibete e é necessário ter permissão para visitá-la. Tem como atração
o monastério de Pelkhor Chode e o Dzong ( forte)
Shigatse: a segunda maior cidade do
Tibete, sempre rivalizou com Lhasa no passado pelo poder político. Tem sido por
longa data lugar do Panchem Lama (segundo na hierarquia tibetana, depois do
dalai lama) no monastério de Tashilhunpo.
Sakya: esta cidade é a mais tibetana em
caráter, sendo sua principal atração são os monastérios em ambos os lados do
rio Trum-chu.
Monastério de Rongphu e campo base do
Everest: antes de chegar a fronteira muitos viajantes param no monastério de
Rongphu. Do monastério ao campo base são 2h de caminhada ou 15 min de jipe.
Tingri: é a ultima cidade que muitos
viajantes passam a noite antes de ir para o Nepal ou a primeira quando vêem do
Nepal. A vila tem vista para as montanhas e pico do Mt. Everest. Há ruínas do
forte de Tingri destruída durante a invasão nepalesa.
Zhangmu: na fronteira com o Nepal, é
onde está a imigração. Kodari a cidade nepalesa está a 8 km da fronteira e de
onde saem transporte para Katmandu.
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